Autores: Guilherme Pereira Bateloche e Renan Almeida Alves
Ano: 2018
Resumo: O capítulo “A ascensão do nacionalismo árabe” faz parte do livro “Os árabes” de Eugene Rogan, publicado pela primeira vez em 2009. O capítulo (p.277-317) trata sobre a expansão dos movimentos nacionalistas pelo mundo árabe, para isso estuda detalhadamente o caso egípcio, o grande ponto de partida para que diversos países do mundo árabe tivessem movimentos nacionalistas, e a partir do Egito o autor trabalha outras situações nacionalistasem países como Marrocos, Argélia e Tunísia. O autor Eugene Rogan é estadunidense, nasceu em 31 de outubro de 1960, é professor de História Moderna do Oriente Médio na Universidade de Oxford e trabalha também com a história do norte da África.
A relevância do trabalho está em expandir o alcance de uma produção sobre um conteúdo bastante extenso e relativamente recente, tendo portanto implicações na atualidade de diversos países árabes e africanos. Com a tradução para o português, mais pessoas tantodentro quanto fora do mundo acadêmico terão uma compreensão facilitada da obra.
Temática: Movimentos Políticos e Identidades; Conflitos e Relações Internacionais
Formato: Tradução e legendagem
Autores: Matheus S. Fernandes e Santiago S. Dias
Ano: 2018
Resumo: O presente trabalho consiste na tradução do artigo: The 'Illusion' of Homogeneous Japan and National Character: Discourse as a Tool to Transcend the 'Myth' vs. 'Reality' Binary , foi publicado na revista eletrônica The Asia-Pacific Journal (Volume 8 | Issue 9 | 1 Number 1 | Mar 01, 2010), os principais assuntos de publicações são: geopolítica, econômica, história, sociedade, cultura, relações internacionais e o ambiente da região Ásia-Pacífico na idade moderna e contemporânea. Escrito pelo britânico Chris Burgess, PhD na Universidade Monash, em Melbourne. Desde 2004, leciona na Tsuda Juku University - destaca-se por visar trocas interculturais -, universidade fundada em 1900, por Tsuda Umeko (1864 – 1929) importante defensora do direitos das mulheres para à educação. A fundação desta importante e tradicional faculdade, está contextualizada durante a era Meiji (1868-1912), período em que o Japão modernizou-se utilizando de uma fórmula em que conceitos de tradição e modernização misturam-se, alçando o Japão a principal potência mundial asiática.
Chris Burgess é um ocidental que vive há alguns anos no Japão, sendo assim, está localizado dentro da sociedade nipônica e sua cultura, porém, como visto no livro Orientalismo (1978), de Edward Said, se trata de um orientalista, que como explorado mais detalhadamente no livro O roubo da história: como os europeus se apropriaram das ideias e invenções do oriente, do cientista social Jack Goody, a visão etnocêntrica européia, sempre está presente nas interpretações históricas, não importando o quanto o autor ocidental busque se distanciar dessa “impregnação”. A estrutura do seu artigo está dividido em: apresentação; introdução; Nihonjinron; discurso e ideologia; invenção; mito, e realidade; evidencia; tabelas e por fim, conclusão. Utiliza tabelas para mostrar discursos de chefes de Estados, e o percentual de pesquisas realizadas em território nacional à respeito de questões nacionais.
Um dos aspectos peculiares desta obra, é essa interpretação ocidental sobre o Japão. O autor problematiza a formação de uma identidade nacional japonesa, destacando a dualidade entre “mito e realidade” existente na cultura nipônica. Utilizando argumentações com base nos conceitos de discurso, tradição inventada, comunidades imaginadas e o “estoque social de conhecimento”, colocando em pauta diversos autores importantes ocidentais e orientais, Burgess busca repensar a dualidade e o papel que ela teve no pós-guerra na sociedade japonesa.
Temática: Orientalismo e Representações; Movimentos Políticos e Indentidades
Formato: Tradução e legendagem
Autores: Wagner Melo de Carvalho
Ano: 2018
Resumo: O texto escolhido para tradução neste trabalho intitula-se “La perception de l’Orientalisme d’Edward W. Said em Turquie” (A percepção de O Orientalismo de Edward W. Said na Turquia). Este texto está disponível no site de uma revista eletrônica francesa chamada Mediapart e foi publicado no dia 10 de fevereiro de 2010. Essa revista eletrônica foi criada em 2008 por François Bonnet, Gérard Desportes, Laurent Mauduit e Edwy Plenel e é responsável pela publicação de diversos textos de diversos autores associados à revista. Uma delas é Nilgün Tutal Cheviron, professora da faculdade de comunicação da Universidade Galatasaray, autora do texto traduzido neste trabalho.
Presumivelmente, o texto apresentado na revista Mediapart por Cheviron é oriundo de uma conferência que a professora participou como palestrante no Institut d’Études Politiques de Rennes intitulada “L’Orientalisme désorienté? La turquie contemporaine au miroir des approches postcoloniales” (O Orientalismo desorientado? A Turquia contemporânea como espelho de bordagens pós-coloniais) ocorrida nos dias 28 e 29 de janeiro de 2010. Sua fala possuía título semelhante ao título da publicação da revista: “Interculturalité entre l'Occident et l'Orient: la perception de L'Orientalisme d'Edward Said en Turquie” (Interculturalidade entre o Ocidente e o Oriente: a percepção do Orientalismo de Edward Said na Turquia).
O texto pretende mostrar ao leitor a percepção do livro célebre de Said, O Orientalismo, na Turquia. País que vem passando por um longo processo frente à tentativa de entrada na União Europeia desde 1987, Cheviron desenvolve uma espécie de estado da arte em relação às diversas leituras de uma obra considerada fundadora de um pensamento pró-oriental. A autora mostra esmiúça em seu texto ao menos quatro diferentes leituras dessa importante obra e demonstra aspectos dessas leituras que são extremamente particulares a países como a Turquia. Além disso, Cheviron nos mostra a importante trajetória editorial das diversas edições de Orientalismo que foram publicados na Turquia.
Temática: Orientalismo e Representação; Movimentos Políticos e Identidades
Formato: Tradução e legendagem
Autores: Nathália Ract Silva e Vanessa Cândida Lourenço
Ano: 2019
Resumo: A produção de Nahid, que tem duração de cerca de 89 minutos, nos permite um diálogo com o texto “O despertar da revolução: dois projetos de nação para o Irã antes de 1979”. Este texto faz parte do livro As mil e uma noites mal dormidas de Murilo Meihy (historiador e professor de história na UFRJ) e é indicado na bibliografia da disciplina de História da Ásia, do Departamento de História da UNIFESP de Guarulhos. Nele, o autor escreve sobre os antecedentes da revolução de 1979. Tendo uma perspectiva histórica, o texto permite que o documentário [Nahid] crie um paralelo que dá uma visão mais prática das condições de vida da população iraniana no período de governo do xá Pahlavi.
Temática: Conflitos e Relações Internacionais; Gênero e Sociedade
Formato: Tradução e legendagem
Autores: Jessica Riley e Débora Pinese Frias
Ano: 2017
Resumo: O intelectual palestino Edward Said, que vive em Nova York, analisa a percepção ocidental sobre os árabes. Ele rastreia as origens dessas atitudes até eventos históricos e culturais, como as Cruzadas, a construção dos impérios europeus e as representações em Hollywood. Said argumenta que o destino do povo palestino é um resultado direto desses anos de interferência ocidental.
Temática: Orientalismo e Representação
Formato: Tradução e legendagem
Autores: Anderson dos Santos Ribeiro e Gabriela Bernardes Andrade
Ano: 2018
Resumo: Com a acentuada produção de estudos sobre a questão de gênero, existe uma diversidade de olhares sobre a condição da mulher nas sociedades ao redor do mundo. As perspectivas recaem, muitas vezes, no papel social desses indivíduos e seu lugar no espaço privado e público, perpassando sobre as noções de classe e etnia. Orly Lubin, Ph.D. em Literatura Compara pela Universidade de Nova Iorque e membra do Departamento de Estudos Literários na Universidade de Tel-Aviv em Israel, elabora uma análise sobre o papel da mulher no cinema israelense através do curta-metragem Jacky de Rachel Esterkin e Shemi Zarchin, de 1990.
A partir da personagem principal, Lubin investiga a relação do corpo da personagem Jack - uma traficante de drogas - com o território que ocupa, considerando os conflitos entre palestinos e israelenses pela terra, na tentativa da personagem em criar seu espaço de atuação profissional enquanto enfrenta as normas hegemônicas patriarcais da sociedade israelense. A autora tece sua investigação considerando a relação entre gênero, etnia e território, bem como a constituição de Jacky como sujeito ativo, uma vez que tenta ganhar espaço e autonomia pelo trabalho que exercita, ser sujeito da própria vida. A subversão torna-se, portanto, uma via de representação de mulheres no cinema israelense que buscam uma autonomia onde esta encontra-se dificultada, na tentativa de exercer um controle alternativo sob suas próprias vidas. A questão se volta para a representação e uso do corpo de Jacky no curta-metragem, valendo-se da luta sobre marcas identitárias dentro do espaço que ocupa. É através da presença do seu corpo nos lugares quefrequenta que a personagem utiliza a sexualidade de seu corpo como uma maneira de marcar os territórios, já que percebe que conquistar uma rua ou uma casa não dará necessariamente poder total sobre eles; mas pode mudar sua função e nome.
Lubin explicita através de Jacky a utilização da sexualidade do corpo como modo de subversão, uma vez que o corpo físico pode ser marcado pela ação do sujeito em suas intenções de transformar o território em lugar; ao ignorar as condições de nacionalidade e etnia e substituí-las pela criação de um lugar de gênero e sujeito nacional. A personagem se constitui como uma representação crítica de como a experiência da mulher na cultura e sociedade nacionais aparecem no cinema israelense, lutando pela autonomia através das possibilidades que tem em seu alcance. A questão de gênero abordada por Orly Lubin dentro de um contexto de lutas nacionais pelo território possibilita um olhar sobre a atuação das mulheres nesses espaços, usando a figura de Jacky - uma mulher pobre que almeja não apenas o controle financeiro de sua vida mas a autonomia entre os lugares que ocupa - mesmo dentro da ficção. As noções de gênero, classe e etnia perpassam sua análise quando ela trata da figura de uma mulher periférica, que pelo seu gênero se mantém à margem da sociedade. No entanto, Jacky representa a tentativa de alterar a atuação feminina nos espaços comuns, ainda que a perspectiva hegemônica aponte para a noção de fracasso da personagem.
Através da tradução de Body and Territory: Women in Israeli Cinema, redigido por Orly Lubin em 1999 e publicado na revista Israel Studies, pretende-se contribuir para os estudos de gênero através da abordagem do cinema israelense no papel social da mulher. Nesse sentido, é possível fornecer outras perspectivas para o debate acerca da questão de gênero que não seja apenas sob o olhar ocidental, trazendo a tona a representação da mulher por Israel. A finalidade da tradução é tornar acessível um fragmento dessa discussão para os falantes da língua portuguesa que não dominam a língua inglesa, tendo em vista que o original encontra-se disponível em inglês. Esse artigo oferece suporte para os estudos acerca do Oriente Médio e contribui para os estudos de Orientalismo e Israel, tratando dessa especificidade (mulher como sujeito ativo nos espaços em disputa) que, algumas vezes, não é abarcada de maneira particular por bibliografias referentes ao estudo de História da Ásia.
Temática: Gênero e Sociedade; Orientalismo e Representação
Formato: Tradução e legendagem
Autores: Julia Moraes, Muriel Cristina e Thaina Simão
Ano: 2017
Resumo: Conjunto de entrevistas da intelectual Ella Shohat, com legendas traduzidas para o português brasileiro. Seus títulos são, respectivamente:
"Imagens do Sheik"
"Representação do Oriente Médio através da rubrica da Terra Santa"
"Mulher árabe na cultura popular dos EUA"
"Reflexos do "Ladrão de Bagdá"
"Naturalização e animalização"
Temática: Orientalismo e Representação; Gênero e Sociedade
Formato: Tradução e legendagem
Autores: Lorena Jade Oliveira dos Santos
Ano: 2018
Resumo: Como proposta de trabalho monográfico e para dar suporte como material didático e incorporar o projeto de formular uma pasta com referências a assuntos voltados para os estudos e compreensão do Oriente, escolhi realizar uma tradução da autora Ella Shohat – também presente na bibliografia da Unidade Curricular de História da Ásia.
Ella Habiba Shohat é uma israelita judaica oriental cuja família migrou de Bagdá nos anos 50. Ela é professora de Estudos de Mídia e Estudos Culturais na Universidade da Cidade de Nova York. Seus principais interesses de pesquisa são pós-colonialismo e representação no Oriente Médio.
O artigo selecionado para a tradução se encontra no MERIP (The Middle East Research and Information Project), um projeto de pesquisa e informação do Oriente Médio, criado em 1971, cuja concepção original era fornecer informações e análises sobre o Oriete Médio. É uma organização não governamental e sem fins lucrativos com sede em Washington, nos Estados Unidos. No site descreve-se como uma organização independentes, sem ligações com instituições religiosas, educacionais ou políticas. Eles tiram o seu rendimento para manter o site através de assinatura e doações. Desde 1996 a MERIP mantém um dos sites mais informativos sobre política,cultura e sociedade do Oriente Médio.
Como o site se mantém de assinaturas, o número de artigos e textos disponíveis para a leitura online gratuita é restrita, só é possível acessar determinados conteúdos mediante ao pagamento de sessenta dólares (o que equivale a um ano de disponibilidade ao MERIP). É um site rico em temáticas não apenas de Oriente Médio, mas também sobre India, Japão e China – assuntos relacionados à religião, guerras, nacionalismo, literatura e etc. O leitor tem opção de procurar não só por tema como também por autor.
O artigo “Gender in Hollywood’s Oriente” de Shohat, faz uma leitura e crítica sobre a visão orientalista e machista do cinema ocidental sobre não apenas o Oriente Médio, mas também sobre os homens e mulheres árabes. O tema é pertinente uma vez que não apenas no início, mas durante todo o curso de Ásia, a questão do orientalismo está presente. A discussão sobre a visão do ocidente pelo oriente é relevante e fundamental para a reflexão do que aprendemos e entendemos como Oriente e também para a desconstrução de conceitos, a fim de que formulemos novas reflexões sobre a Ásia e sua história.
Shohat critica abordagem ocidental sobre a história, cultura e costumes orientais nos filmes hollywoodianos, que acabaram criando estereótipos – e como o cinema tem uma linguagem universal e é na maioria das vezes acessível a toda população, acaba-se criando e enraizando concepções equivocadas e exageradas sobre aquele determinado local e os povos que nele habitam.
O cinema é uma ferramenta bastante utilizada (e necessária) durante o aprendizado da Unidade Curricular de Ásia – não apenas a professora menciona e indica películas, como também exibe algumas em sala de aula – o que nos possibilita expandir a percepção sobre as diversas formas de abordar os temas sobre o Oriente, para além dos textos. Esse artigo trata sobre cinema, ele trás diversos exemplos de filmes de períodos diferente, com a intenção de mostrar que apesar da passagem do tempo e os enredos dos filmes serem diferentes, a figura do árabe se mostra inalterada: bárbaro, ignorante e atrasado. Assim como as mulheres são retratas como: misteriosas, sensuais e submissas; e todo o plano de fundo, o ambiente que serve de cenário para o filme é um oriente estático, atrasado e rústico. A autora diz que as percepções apenas se alteram conforme o interesse que se tem em apresentar ao público uma ideia e uma imagem.
Acredito que a inclusão desta tradução vai colaborar com a ampliação dos materiais de estudos e saberes referentes à temática do Oriente, contribuindo para as provisões dos instrumentos didáticos para acrescentar e aprofundar as informações e conhecimentos nesta área de ensino e pesquisa.
Temática: Orientalismo e Representação; Gênero e Sociedade
Formato: Tradução e legendagem
Autores: Fernando Delongue da Silva; Matheus Pacaterra Galvão Carvalho; Yasmin Soares.
Ano: 2011
Resumo: O objetivo deste artigo é lançar alguma luz sobre a questão de por que e como o nacionalismo apareceu repentinamente no cenário político na Turquia no início do século XX. Este artigo afirma que o nacionalismo turco foi uma resposta às condições históricas particulares que caracterizaram as fases finais do Império Otomano e o nascimento da Turquia moderna. Este artigo especifica algumas dessas condições e argumenta que o surgimento do nacionalismo turco foi de fato uma continuação das tentativas empreendidas pelos governantes otomanos e os jovens turcos a fim de impedir a desintegração do Império inventando ideologias integrativas como o otomanismo, pan-islamismo e panturquismo.
Temática: Orientalismo e Representação.
Formato: Tradução e legendagem
Autores: Fábio Rogério Banin Junior e Kaique Bezerra Araújo da Silva
Ano: 2018
Resumo: Este trabalho consiste na tradução do capítulo 8 “O discurso do véu” (“The discourse of the veil”), presente na obra Women and Gender in Islam: Historical Roots of a Modern Debate escrito por Leila Ahmed em 1992. Para a realização do exercício de tradução, a dupla adotou o método de tradução livre, visto que se trata de um texto acadêmico e traduzi-lo de forma literal poderia dificultar o entendimento e a interpretação do capítulo em si. É importante destacar que, apesar de se empregar a tradução livre, a dupla procurou manter as palavras utilizadas no texto original nos casos em que era possível fazer, com o objetivo de não perder a originalidade e o estilo de escrita da própria autora.
Leila Ahmed (1940 – atual) nasceu no Cairo e passou a maior parte de sua infância no Egito, viveu em um contraste de culturas: a islâmica, originária de seu próprio povo, e, ao mesmo tempo, a cultura europeia por conta de ter realizado seus estudos em escolas ocidentais estabelecidas no país. Por volta de 1960, Ahmed vai à Inglaterra para realizar todo o seu ensino superior, até o doutorado (1981), efetuando pesquisas e se especializando no campo do feminismo islâmico e da representação da mulher nas sociedades islâmicas. Posteriormente, começou a lecionar na Universidade de Massachusetts na área dos estudos acerca do Próximo Oriente e atualmente é professora, desde 1999, na Harvard Divinity School, onde se tornou a primeira professora a lecionar e a ocupar uma cadeira no cargo de “Estudos das Mulheres na Religião” (Women’s Studies in Religion).
Tendo em vista a sua infância no Egito e sua inserção no campo acadêmico por meio de universidades situadas no mundo ocidental, Leila Ahmed pôde ter contato tanto com a cultura islâmica em seu próprio ponto de vista quanto do ponto de vista ocidental, da mesma forma que se relacionou com os costumes ocidentais. A experiência que a autora possui acerca de ambas as culturas proporcionada por esse contato, se reflete em suas obras e estudos a respeito dessas sociedades e de sua história. Em seu livro Women and Gender in Islam, Ahmed discorre acerca de toda a história do gênero feminino nas sociedades árabes, especialmente no Egito, uma vez que é o seu país de origem, e como isso implica nos dias atuais. No capítulo 8 de sua obra, o qual será o objeto de tradução deste trabalho, a autora demonstra como surgiu o discurso sobre o véu – o qual na visão dela se inspira fortemente nos discursos coloniais – e o envolvimento do feminismo ocidental neste debate, fazendo uma ligação com o próximo capítulo intitulado “As primeiras feministas” (“The First Feminists”).
Portanto, o que justifica a importância da tradução deste capítulo em si, não é somente o intuito de possibilitar o acesso em nossa língua, o português, de um trabalho referencial para os estudos do feminismo islâmico e de instigar a pesquisa nessa área, mas também, e principalmente, por se tratar de um tema de pouco conhecimento dos próprios acadêmicos em história ou em qualquer outra área da humanidades e esta falta de conhecimento acaba levando à discursos e interpretações errôneas.
Temática: Orientalismo e Representação; Gênero e Sociedade
Formato: Tradução e legendagem