Autores: Vitória Ferreira Barbosa
Ano: 2021
Resumo: Esse catálogo conta com 50 filmes animados sobre a Segunda Guerra Mundial, especificamente representações e influências que a guerra originou no Japão e que foram exibidas nas produções cinematográficas. O propósito deste é mostrar a visão da guerra pela perspectiva japonesa, fatos que ocorriam durante a época como os bombardeios em cidades japonesas, escassez de alimentos, cotidiano da sociedade durante esses tempos entre outros, além de abordar os conflitos e satirizar os ocidentais com as propagandas militaristas em forma de animação mostrando que apesar de tudo o Japão sairia vitorioso.
O uso da simbologia reflete a uma mensagem não explícita sobre pequenos incidentes que ocorreram durante o trágico período e grande maioria apesar de infantis possuem cenas fortes mostrando a realidade ocorrida, levantando sempre em questão o nacionalismo japonês.
Temática: Arte, Cultura e Meio Ambiente; Conflitos e Relações Internacionais; Cultura Pop e Mídia
Formato: Coletânea
Autores: Diogo Romão; Lara Mattos e Bruno Alves.
Ano: 2021
Resumo:A República Popular Democrática da Coreia – ou Coreia do Norte – vem tomando protagonismo na política internacional, principalmente no que concerne na oposição aos governos dos Estados Unidos e suas políticas na região. Pode-se traçar as origens para esse confronto e da Coreia atual a partir da Guerra da Coreia de 1950 em que se encerra as últimas tentativas de unificação das duas Coreias através do confronto direto. Com a presença dos Estados Unidos na guerra, a guerra toma outras proporções. Dessa forma, o pós-guerra colocou diversos desafios para o governo de Kim Il-Sung e o governo da Coreia do Norte. A aproximação da população norte-coreana com a revolução foi uma das consequências das políticas do período.
Ainda assim, garantir a permanência do regime era e é uma das maiores dificuldades nessa conjuntura. Além dos inimigos externos, existe ainda a insatisfação de uma parcela da população com os rumos do país e que pode desencadear uma. Nesse caso, a propaganda aparece como um ator fundamental de divulgação das ideias do governo com o objetivo de deixar claro para os cidadãos quais são seus objetivos e também na tentativa da criação de laços afetivos entre os norte-coreanos e o Estado, diminuindo assim a ameaça interna. Analisar a propaganda oficial da Coreia do Norte é visualizar o que esse país tenta transmitir para seus cidadãos e também revelar as formas com que estabelece suas relações, sejam elas de conflito ou colaboração.
Temática: História Social e Política
Formato: Coletânea
Autores: Vanessa Freitas, Patricia Merçon e Leonardo Rodrigues
Ano: 2021
Resumo: “Na guerra não há vencedores, todos os lados perdem” (criança israelense, para o documentário “Promessas de um Novo Mundo - PROMISES. Justine Shapiro, B.Z. Goldberg, Carlos Bolado. Promises Film Project. EUA: 2001. ) Desde a criação do Estado de Israel em 1948, palestinos protestam contra o bloqueio israelense e defendem o retorno dos refugiados expulsos de seus territórios. Nesses 70 anos de conflitos entre Israel e Palestina, as maiores vítimas são as crianças, que vivem sob o manto do terror dia e noite e que muitas vezes, não podem nem mesmo sonhar com um futuro.
Apresentamos a seguir, uma coletânea de imagens da vida dessas crianças palestinas, que nascem e que vivem dentro desse conflito, crianças que são predestinadas a odiar seus oponentes israelenses mesmo antes de se entenderem como pessoas, e que apesar de tudo, são vítimas inocentes desse ódio avassalador que aparentemente não tem fim.
Temática: Conflitos e Relações Internacionais
Formato: Coletânea
Autores: Jhenyfer Naiara Teodoro e Sabrina Andrade Santos
Ano: 2021
Resumo: Durante o século XX ocorreu um grande fluxo de filmes de artes marciais nos Estados Unidos, causado pela popularidade que esse gênero cinematográfico estava tendo no oriente e assim, o ocidente implementa em seu território, filmes que representam a cultura asiática. Uma forma excepcional para entendermos sobre as artes marciais, é a observação de filmes, visto que o cinema pode ser compreendido uma fonte documental para o historiador, em que as artes marciais são práticas corporais e orais, por este motivo, foi escolhido como fonte de respostas sobre tais questões, diversos filmes que retratam como foram as representações das artes marciais na indústria estadunidense durante o período de 1970 à 2021. Sendo assim, a questão da arte marcial, será de grande aporte à sociedade para um reforço de reconhecimento de sua origem e a forma em que é representada pelos Estados Unidos dentre o século XX. Como também para a historiografia, em que colabora com estudos focados dentro do cinema e da cultura asiática.
Temática: Orientalismo e Representações; Cultura Pop e Mídia
Formato: Coletânea
Autores: Beatriz Alves Reis e Marina Garcia
Ano: 2018
Resumo: O presente trabalho busca ofertar uma coletânea de charges sobre como o mundo árabe enxerga, interpreta e ilustra os conflitos, as ironias políticas, os silêncios e as violências que cercam a questão Palestina. Para isso, a dupla escolheu um corte temporal bem recente, dos dezoito anos dos anos dois mil, a fim de exibir não apenas como a reivindicação e exclusão Palestina ainda são vivas, como estão em curso e em produção. Com 70 anos da criação do Estado de Israel e a situação se apresenta ainda irresoluta, violenta e com forças desiguais em cada um dos lados. Logo, a importância que estes trabalhos têm é uma possibilidade dupla, da qual permite que brasileiros vejam novas ilustrações (mais acessíveis e chamativas, mas igualmente críticas), mesmo aquelas com frases e balões de fala limitantes pelo árabe, idioma muito diferente do português; bem como, mas principalmente, uma oportunidade de permitir com que o árabe (não apenas o palestino, mas ele também de certo modo) de se representar e de retratar também seu lado e sua perceptiva sobre o que se passa na Ásia Ocidental, especificamente, na Palestina.
Esta iniciativa é decorrente daquilo que Edward Said, tanto em Orientalismo: O Oriente como invenção do Ocidente, 1978, como em A questão da Palestina, 1979, diz sobre a falta de direito que o árabe sempre teve sobre falar sobre si no ocidente; sejam nas pinturas orientalistas do século XIX, até em todo o discurso que permeia o século XX, quem fala ou cria a figura depredada e deformada destes povos foi o europeu, mesmo o europeu sionista.
"O fato é que os 'árabes' eram sempre representados, nunca podiam falar por si mesmos; somando esse fato, paradoxalmente, a uma visibilidade política cada vez mais patente, explica-se por que lhes é negado esmagadoramente um lugar decente na realidade – ainda que estejam instalados na terra." (SAID, 1979, p. 29)
Assim, esta coletânea, a partir do acesso tecnológico, permite a capacidade dos agentes de falarem sobre o que enxergam. Mesmo assim, ao fazer as pesquisas, percebe-se como a atualidade e a realidade nas palavras de Said quando ele diz sobre o discurso de deslegitimação destas produções como antissemitas, pois, ao fazer a pesquisa na internet sobre estas charges, facilmente se chega em notícias de jornais (como o jornal Times Israel), além de páginas e blogs informativos que adotam a posição de que estas ilustrações são antissemitas, propagam ódio, similares a propagando nazista, as vezes até consideradas “satânicas”. Uma posição defensiva quanto o que o árabe pode dizer sobre Israel, ou sobre o que pode dizer sobre ele mesmo, direito que não cabe, nesta lógica orientalista.
Temática: Orientalismo e Representação ; Conflitos e Relações Internacionais
Formato: Coletânea
Autores: Karen C. Lopes de Almeida e Natália Castanho Paes Eles
Ano: 2021
Resumo: Na história contemporânea da Coreia do Sul, há fortes investimentos envolvendo a música pop coreana (KPOP), esse gênero musical se tornou muito influente a partir da última década. Esta coletânea de imagens pretende traçar uma linha temporal através de reportagens começando pela ascensão do cantor Psy em 2012, até os dias atuais, abordando a influência de vários grupos de música pop coreana em diversos aspectos da sociedade mundial, abrangendo vertentes políticas e socioculturais, além de demonstrar os pontos positivos também pretende-se retratar as problemáticas do preconceito evidenciado pelo olhar ocidental perante a cultura musical oriental da Coreia do Sul.
Temática: Cultura Pop e Mídia; Arte, Cultura e Meio Ambiente; Gênero e Sociedade
Formato: Coletânea
Autores: Laís Cândido e Lauana Pereira
Ano: 2021
Resumo: Sendo o último dos grandes movimentos sociais que marcaram o século XX, a Revolução Iraniana trouxe consigo mudanças significativas tanto para o Irã como para o mapa político do Oriente Médio. Tendo como participantes diferentes esferas da sociedade – como religiosos, acadêmicos, estudantes, mulheres, marxistas, liberais, entre outros – a principal consequência da Revolução foi o fim da Dinastia Pahlavi, que governou o país por mais de 50 anos, e a instituição da República Islâmica, que configura a política iraniana até os dias de hoje.
O presente trabalho expõe uma coletânea de fotografias tiradas entre os anos de 1978 e 1979, com o objetivo de demonstrar visualmente a presença desses agentes tão heterogêneos que foram responsáveis pela realização da Revolução Iraniana. São 65 imagens em preto e branco, capturadas por diferentes fotógrafos de diferentes nacionalidades, que representam o impacto do movimento revolucionário, principalmente na capital do país.
Temática: Conflitos e Relações Internacionais
Formato: Coletânea
Autores: Luis Henrique Rodrigues Borges e Victor Alexandre Lopes de Oliveira
Ano: 2020
Resumo: As joias estão acompanhando a humanidade desde a antiguidade. Os adornos comumente usados hoje em dia também faziam parte do cotidiano de sociedades passadas. As joias presentes na galeria a seguir pertencem à cultura Aquemênida, que esteve presente em territórios da Ásia, África e Europa, o que resultou em uma mistura de influências dos povos dessas regiões. Embora o modelo adotado não apresente a data de produção das peças, todas as produções foram feitas durante o período regido pelo Império Aquemênida, 550 a.C até 330 a.C. As imagens foram retiradas de acervos online de museus como o Metropolitan Museum of Art e de projetos como o Achemenet, site que busca reunir fontes e pesquisas sobre o tema.
Temática: Arte, Cultura e Meio Ambiente.
Formato: Coletânea
Autores: Larissa Perez Martins e Rafael Lopes de Oliveira Roque
Ano: 2018
Resumo: O tema do trabalho final é cineastas mulheres originadas do continente asiático. A intenção é divulgar a produção fílmica dessas mulheres para aumentar nossas referências visuais sobre o “oriente”, contrapondo a cultura visual influenciada pelo cinema estadunidense que percorre o circuito comercial brasileiro.
A escolha de só trabalhar com mulheres é porque o estereótipo criado sobre elas por “ocidentais” as colocam como se não tivessem voz em seus lugares, então ou é a mulher “oriental” como um fetiche ou como vítima de uma sociedade atrasada. E mostrar que além de terem voz elas também produzem e refletem sobre a sua realidade através da mídia do cinema. O resultado desse trabalho é um catálogo com as cineastas e seus filmes que será disponibilizado na internet através de um blog, cuja plataforma será o Blogger, O catálogo consiste em organizar as cineastas em pequenas postagens com informações básicas sobre a trajetória e a lista de filmes com breves sinopses e links para assisti-los.
Como referência e ponto de partida, tem o podcast “Feito por Elas” que conta a trajetória de mulheres cineastas no Brasil e no mundo. Listamos os programas sobre mulheres asiáticas e seus filmes citados. As cineastras serão: Deepa Mehta (indiana) com os filmes “Desejo” (1996), “Earth” (1998) e “Às margens do rio sagrado” (2005); Nadine Labaki (libanesa) com os filmes “Caramelo” (2007), “E agora onde vamos?” (2011) e “O milagre em Rio” (2014); Marjane Satrapi (iraniana) com os filmes “Persepolis” (2007), “Frango com ameixas” (2011) e “As vozes” (2014); Naomi Kawase (japonesa) com os filmes “Suzaku” (1997), “Florestas dos lamentos” (2007) e Sabor da vida” (2015); Samira Makhmalbaf (iraniana) com os filmes “A maçã” (1998), “O quadro negro” (2000) e “Às cinco da tarde” (2003); Moufida Tlatli (tunisiana) com os filmes “Os silêncios do palácio” (1994) e “Tempo de espera” (2000); e Mira Nair (indiana) com os filmes “Salaam Bombay!” (1988), “Um casamento à indiana” (2001) e “Nome de família” (2006).
O objetivo do trabalho ao escolher uma plataforma como o Blogger para a publicação e divulgação desses filmes consiste em ampliar e facilitar o acesso para que outras pessoas, além do campo acadêmico possam entrar em contato com a filmografia de mulheres asiáticas..
Temática: Arte, Cultura e Meio Ambiente; Cultura Pop e Mídia; Gênero e Sociedade
Formato: Coletânea
Autores: Igor Lima Santos; Roberto Junior Martinasso Ribeiro.
Ano: 2021
Resumo: O presente trabalho pretende mapear e analisar o uso do narguilé em pinturas do século XIX e XX. Observando o papel que o objeto ocupa nestas representações.
Temática: Orientalismo e Representação
Formato: Coletânea
Autores: João Vitor Castro Ferreira da Silva, Valéria da Cruz Sousa e Larissa Leite de Aguiar
Ano: 2021
Resumo: A coletânea é composta por produções indianas importantes que marcaram a história do cinema após a independência do país, em 1947. O cinema se torna grandioso para os indianos, além de ser um espaço de lazer e divertimento, o cinema representa o lugar para expressar o imaginário indiano e suas culturas, tradições, músicas, saberes e identidades diversas que nenhuma outra indústria cinematográfica ocidentalizada poderia proporcionar. O cinema já era popular na Índia durante o domínio dos britânicos e foi utilizado tanto como instrumento de dominação inglesa como também de luta pelos indianos na propagação dos ideais anti- imperialistas que sofreram com a censura em suas produções. Mas após alcançar a independência, o cinema indiano se popularizou ainda mais com as grandes produções cinematográficas de Bollywood, na língua hindi, e Kollywood, na língua tâmil. Com isso, selecionamos 50 filmes indianos de 1948 a 2021, que reproduzem os acontecimentos históricos acerca da Índia durante o domínio britânico, os eventos no fervor nacionalista e religioso do pós-independência, além de explorar a Índia da grande diversidade de culturas, línguas, religiões e tradições que o Ocidente ainda desconhece.
Temática: Arte, Cultura e Meio Ambiente; Movimentos Políticos e Identidades
Formato: Coletânea
Autores: Aline Alves Lemes e Larissa Mariano Reis
Ano: 2019
Resumo: Procura-se apresentar uma coletânea de imagens sobre revistas de quadrinhos da Marvel e da DC, na tentativa de compreender a construção dos personagens e heróis muçulmanos e árabes na cultura pop. A dupla decidiu-se concentrar nessas duas editoras que representam a maior produção de quadrinhos dos Estados Unidos, para refletir como o discurso Orientalista moldou os personagens orientais construídos por esses gibis.
Esta inciativa tem como base o Orientalismo descrito por Edward Said, onde o Ocidente se encarregou de representar o Oriente, suas características sociopolíticas, culturais e entre outras, onde todas essas análises e representações foram feitas sem qualquer consideração aos pensamentos das habitantes orientais. As percepções distorcidas são fruto da imaginação e do fetichismo ocidental, que produziu e produz estereótipos sobre o Oriente, homogeneizando os indivíduos, criando uma identidade fictícia capaz de encaixar todo um povo em categorias simplistas, que não condizem com a realidade oriental. Ademais, usamos de base o conceito de colonialidade de Quijano. Onde a colonialidade seria, portanto, uma nova prática de dominação e imposição racial e étnica frente ao novo contexto, do qual dentro do espectro racial a branquitude se revela como superior e normativa enquanto a esfera étnica seria reservada as práticas culturais que novamente reafirmam o Ocidente como referência universal. Sendo, portanto, uma nova forma de discurso que dialoga de maneira direta com o Orientalismo de Said uma vez que reformula as relações de dominação, ao mesmo tempo que procura domesticar e dominar através das produções de imagens.
Sendo assim, essa coletânea permite identificar o discurso Orientalista presente nesses quadrinhos, e como eles contribuem para uma visão dos árabes e muçulmanos que ainda persiste na atualidade, e é disseminada pela cultura pop. Essa visão é construída através de estereótipos que se perpetuam, e acabam por fixar-se nas mentes, visto que o público leitor de gibi é desde crianças até os mais adultos, consolidando assim o que seria o Oriente para essas pessoas.
Temática: Cultura Pop e Mídia; Orientalismo e Representações
Formato: Coletânea
Autores: Rafaelle Rodrigues Nunes e Victor Hugo de Souza Chagas
Ano: 2021
Resumo: O presente trabalho tem como objetivo desmistificar a demonização dos deuses hindus através de imagens e utilizando-se do contexto histórico e cultural com as representações em gravuras e desenhos, das viagens dos europeus a Índia e também o relacionando com pinturas, templos, estatuas presentes nos museus do mundo todo. O “Oriente não está apenas adjacente à Europa; é também onde estão localizadas as maiores; mais ricas e mais antigas colônias europeias a fonte das- suas civilizações e línguas, seu concorrente cultural e uma das suas mais profundas e recorrentes imagens do outro”. O período das expedições europeias aos países asiáticos ocasionou em alguns estudos entre eles o orientalismo e as pesquisas etnográficas sobre as civilizações que formavam o Oriente Médio. Aqui apresentaremos as características do hinduísmo e a relação que se deu com a Europa.
Temática: Gênero e Sociedade; Movimentos Políticos e Identidades
Formato: Coletânea
Autores: Maria Edilma
Ano: 2021
Resumo: A coletânea de imagens sobre o Monte Everest procura demonstrar de que forma ocorre as expedições de montanhismo e exploração comercial turística na região do Everest. A região montanhosa está no centro de vários debates, por conta do aumento de montanhistas e turistas na região, número elevado de mortes, o impacto ambiental e o lixo gerado por esse tipo de turismo, além da questão de como é feita a exploração do trabalho pelo povo sherpa.
Temática: Arte, Cultura e Meio Ambiente; Orientalismo e Representações
Formato: Coletânea
Autores: Amanda Costa F. Lucio
Ano: 2020
Resumo: Esta coletânea reúne 50 filmes do Novo Cinema Taiwanês realizados entre o período de 1982 a 2013, definidos pelo longa In Your Time (1982) de Edward Yang, Chang Yi, Ko I-Chen, Tao Te-Chen, considerado um marco inicial do gênero e Cães Errantes (2013) sinalizando a última obra do aclamado cineasta Tsai Ming-liang. A ilha de Taiwan foi ocupada pelos japoneses até o final da II Guerra Mundial e ao retornar para o domínio chinês, foi utilizada como território de refúgio e fuga dos nacionalistas derrotados pelo Partido Comunista Chinês durante a Guerra Civil que terminou apenas na década de 1950. Governada pelo Kuomintang – KMT, Taiwan viveu sob o sob o governo do líder nacionalista Chaing Kai-shek e nomeada como República Nacional da China. Em busca de uma identidade própria, Taiwan vivia um conflito entre a influência japonesa e chinesa, atravessada pelas disputas partidárias, limitando a discussão de determinados temas.
É nesta conjuntura que se desenvolve a Shantu Wenshi (literatura da terra), funcionando como um movimento de inspiração regional que reivindicava a especificidade da experiência taiwanesa, descrevendo de forma a vida cotidiana dos habitantes da ilha. A criação o órgão estatal Central Motion Picture Corporation (CMPC) em 1954 utilizava como roteiristas os escritores da literatura regional, construindo através da linguagem cinematográfica uma consciência acerca da relevância das sutilezas cotidianas, voltadas principalmente para um realismo pautado na figura cidadão comum em lugar dos grandes acontecimentos como terreno fértil para construção uma mentalidade própria. Marcados por diversos momentos, o Novo Cinema Taiwanês se desenvolve como um elemento formador da identidade local, no qual, através das décadas são elaboradas questões que atravessavam a sociedade, como o caos da urbanidade em Taipé, transição entre o campo e a cidade, memórias coletivas sobre a dominação japonesa, perseguições políticas operadas pelo KMT e relações afetivas, construindo um quadro do que configura a experiência “ser taiwanês” como elementos-chave destas produções.
Temática: Conflitos e Relações Internacionais; Arte, Cultura e Meio Ambiente
Formato: Coletânea
Autores: Eugênio Baga Saboya.
Ano: 2020
Resumo:O catálogo intitulado “Os Estados Unidos em conflito com a Ásia” apresenta cinquenta filmes do gênero “Guerra” sobre conflitos armados envolvendo os Estados Unidos em solo asiático. A análise dessas obras nos permite um aprofundamento dos estudos relacionados às representações orientalistas presentes na indústria hollywoodianas.
Através dos links adicionados no catálogo, é possível acessar informações do filme através do IMBD como ficha técnica, resenhas e críticas; o trailer do filme e quando disponível, o link para assistir nas plataformas de streaming ou mesmo gratuitamente no Youtube.
Temática: Orientalismo e Construção do Outro; Relações Internacionais.
Formato: Coletânea
Autores: Felipe Yukio Habu dos Santos e Tamires Pereira Camargo
Ano: 2020
Resumo: O trabalho a seguir é uma reunião de xilogravuras conhecidas no Japão como Ukiyo-e. Que traduzindo significa “retratos do mundo flutuante”. Estas pinturas tiveram grande popularidade no período Edo (1603-1867) e eram consumidas pelos comerciantes japoneses. Utilizando-se de técnicas como o Surinomo na qual blocos de madeira são utilizados para realizar as impressões ou os multicoloridos nishiki-e que graças a modernização das técnicas de impressão, possibilitou realizar xilogravuras com diversas cores, saindo do tradicional benizuri-e que utilizava apenas o preto, rosa e verde em suas gravuras. Essas imagens eram vendidas por casas editoriais, que bancavam os artistas em troca de uma comissão pela venda de cada imagem.
Os temas abordados vão da natureza, o teatro (Kabuki), Lutadores de sumô, cenas e lendas históricas do Japão e a beleza feminina. Sendo este último o foco de nosso catálogo de imagens. Muito mais que explorar a beleza feminina, buscamos como motivação ao reunir os Ukiyo-es que abordassem as mulheres japonesas, trazer o debate da representação das mulheres no Japão, questionando quem as pintavam e como estas obras circulavam pelo Japão e pelo mundo. Estas gravuras chegam na Europa no Século XIX em exposições que percorreram Londres e Paris, criando assim o Japonismo que seria a influência dos Ukiyo-es na arte europeia. Pintores como Van Gogh e outros nomes do movimento impressionista, foram bastante influenciados.
A coletânea reúne 50 imagens produzidas em um recorte temporal de mais de 100 anos, em ordem cronológica, permitindo identificar mudanças dentro de determinadas escolas ao longo do século, como por exemplo a escola Utagawa, uma das mais famosas linhagens de artistas de xilogravuras japonesas, fundada por Utagawa Toyoharu na metade do século XVIII, passando pelo século XIX, estando ativa até o século XXI. Os diversos temas, e a forma como são abordados por cada um dos artistas em seu próprio tempo, refletem as mudanças sociais, econômicas e as condições políticas da transição entre o período Edo (1603-1867) e o Meiji (1867-1912).
Temática: Gênero e Sociedade; Arte, Cultura e Meio Ambiente
Formato: Coletânea
Autores: Desirée Gonçalves Berte, Rafaela M. Bastos Oliveira e Victoria Lacerda.
Ano: 2020
Resumo: Esse trabalho é composto por uma coletânea de notícias e reportagens brasileiras sobre a Revolução Iraniana, durante o último quadrimestre de 1978 e primeiro quadrimestre de 1979. Ao analisar o conteúdo propõe-se perceber de que maneira a insurgência foi representada. A partir disso pensar como: o momento histórico, a hegemonia norte americana e o orientalismo interferiram na disseminação das notícias e na construção do Irã e dos iranianos no imaginário brasileiro.
Pode-se perceber uma mudança de linguagem entre o Irã anterior a 1979 e durante e após o processo revolucionário. O primeiro era visto como um lugar admirado pelo mundo todo por suas riquezas naturais, por ser herdeiro do Império Persa, sua proximidade com os Estados Unidos e todo o luxo que o envolvia. Já o segundo, foi (e é) visto como atrasado, marcado pela opressão das mulheres obrigadas a usar o xador e pelo fanatismo religioso centrado na figura de Aiatolá Khomeini. A coletânea abre margem para pensar, de que forma as representações construíram a imagem dos xiitas radicais da Revolução Islâmica, em detrimento, dos sujeitos revolucionários da Revolução Iraniana e os impactos dessa construção até os dias de hoje.
Temática: Conflitos e Relações Internacionais; Orientalismo e Representações; Movimentos Políticos e Identidades
Formato: Coletânea
Autores: João Henrique Goobo.
Ano: 2018
Resumo:Este trabalho tem por objetivo contribuir para reconhecer e apontar as relações elementares entre os suportes de memória e identidade, construção historiográfica, revisionismo histórico. Uma de suas perspectivas mais oportuna e significativa se dá exatamente num engendramento delicado: ao mesmo tempo em que o Brasil não reconhece oficialmente o genocídio, a monumentalização sugere convidativamente a uma reflexão mais alongada, porém estritamente profícua e necessária.
Temática: História Cultural e Religiosa
Formato: Coletânea